Em entrevista à jornalista Rosiene Carvalho, da BandNews FM, ele disse que foi o deputado federal mais relevante da história do Amazonas
Waldick Junior
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O ex-deputado federal Marcelo Ramos (PSD) negou haver interesse em se candidatar à Prefeitura de Manaus na eleição do próximo ano. Em entrevista à jornalista Rosiene Carvalho, da BandNews FM, ele disse que foi o deputado federal mais relevante da história do Amazonas e que a capital do estado vive um “transe”, em referência à preferência de eleitores pelo bolsonarismo.
“Não vou ser candidato. Eu não vou participar da eleição municipal de Manaus, não tenho nenhum interesse nisso, estou tocando a minha vida, tenho outros projetos, estão se consolidando e eu preciso de um tempo para que se consolidem”, afirmou ele, que é advogado e assumiu recentemente o gabinete de Relações Institucionais da Petrobras.
Marcelo Ramos avaliou os possíveis candidatos à disputa em 2024 e disse ser “natural” que o atual prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), concorra à reeleição.
“Acho que o governador, se não recompor com o David [Almeida], é natural que ele lance um candidato. Esse campo do governo Lula deve lançar um candidato ou mesmo apoiar o David. E o resto que se apresenta, desculpa, mas não é sério”, disparou o ex-parlamentar.
Questionado sobre se estava se referindo ao deputado federal Amon Mandel (Cidadania), considerado pré-candidato à prefeitura, Marcelo Ramos respondeu que não iria cita-lo, porque não sabia se ele era candidato.
“Acho que temos que levar em consideração que estamos falando em uma cidade com dois milhões de habitantes, problemas estruturais muito profundos, com passivos históricos na área de transporte coletivo, mobilidade urbana, moradia, e não vai ser com improviso que vamos enfrentar isso. A gente ganha a eleição pela internet, mas não governa pela internet”, comentou.
Marcelo Ramos tentou se reeleger para um segundo mandato como deputado federal nas eleições do ano passado, porém, foi ‘barrado’ pelo coeficiente eleitoral. No partido dele, o PSD, o candidato mais votado foi o deputado Sidney Leite (99 mil votos), que garantiu a reeleição para o mesmo cargo.
“Eu comprei uma briga com o presidente da República, que é a maior autoridade do país, com o bolsonarismo, que é a maior mobilização de rede social e de desmonte de reputações da história do país. Para defender a Zona Franca, fomos ao Supremo, conseguimos uma liminar e, quando eu ia na porta das fábricas, eu era hostilizado”, pontuou.
O ex-parlamentar disse que Manaus vive um “transe” e que após essa onda pode “resgatar os laços com a cidade”, sem deixar claro se estava se referindo a voltar a morar na capital ou a uma possível candidatura a um cargo político.
Ainda na entrevista desta segunda-feira, Ramos afirmou que foi o deputado federal mais relevante do Amazonas, com o maior número de indicações de verbas para o estado e o que mais apresentou e aprovou projetos de lei no Congresso.
“Fui o deputado que presidiu as comissões mais importantes de toda a história. Fui o único amazonense que assumiu a vice-presidência da Câmara dos Deputados e do Congresso Nacional, sendo que no Congresso, das 28 sessões do biênio em que fui vice, presidi 26 por conta da confiança que o presidente Rodrigo Pacheco tinha em mim”, disse.
