Por Vanessa Leocádio
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Mulher, mãe, avó, cônsul da Suécia, reitora da Universidade Nilton Lins e da Unic-CE, Gisélle Lins Maranhão, com garra e determinação comanda há mais de 20 anos a maior universidade privada do Amazonas. Ela recebeu o legado de seu pai, o professor visionário, Nilton Costa Lins. Graduada em Direito, pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), mestre em Gestão Universitária pela Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro e doutora pela Universidad de Valladolid de Barcelona na Espanha buscou se qualificar para oferecer uma educação de qualidade na Amazônia. Confira um bate-papo sobre educação.
Como à senhora avalia o ensino superior privado no Amazonas?
Nos últimos 30 anos é muito claro que o ensino superior mudou a realidade do Amazonas. A universidade Nilton Lins tem 35 anos na educação superior e imagina quantas pessoas não foram tocadas ao longo desses anos. Pessoas que tiveram oportunidades e que hoje tem suas carreiras e adquiriram outras chances que o ensino superior colocou na vida delas.
Hoje temos três universidades no estado, a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade Estadual do Amazonas (UEA) que surgiu depois, Universidade Nilton Lins e as outras instituições que fazem o ensino superior no Amazonas. Então, o ensino superior é fundamental, ele qualifica para o mercado de trabalho, muda a vida das pessoas e prepara para uma carreira. A educação faz você ter um salto.
Colocar em números seria quase impossível. Mas, sem dúvida o ensino superior sempre vai ter novos desafios. Isso é natural. A educação é isso. O mundo muda. A dinâmica da sociedade muda. Os problemas sociais e socioeconômicos também mudam e são desafios e a educação está inserida nisso tudo.
Hoje na Nilton Lins temos um trabalho muito fortalecido, focando sempre na qualidade. Investimos na qualificação dos docentes para melhor preparar nossos estudantes. A nossa missão de educar a Amazônia. Eu diria que a educação nunca deve ser vista como uma fotografia, mas como um filme. Então, quando você tira de uma fotografia para um filme você vê o quanto à educação superior no Amazonas avançou.
Claro muitas vezes as avalições nacionais desfavorecem a educação do Amazonas. Mas, eu acredito muito na educação do nosso estado e considero que é feito muito pelo ensino e já mudou bastante. Porém, temos muito a avançar. É um desafio coletivo.
Nas últimas décadas se avançou muito e as pessoas hoje têm muitas oportunidades. O ensino superior até pelos programas que existem de bolsas de ensino e apoio do Governo Federal, Estadual, Municipal e dos próprios esforços institucionais é possível ver que o ensino no Amazonas gerou mais oportunidades.
Quais são os desafios de conduzir a maior universidade privada do Amazonas?
O desafio principal cada vez mais é de fato gerar mais oportunidades. A educação tem que ser. A nossa universidade é uma instituição inclusiva. Temos essa sensibilidade para diminuir as diferenças e criar igualdade. Então, quando você gera igualdade é criado mais chances e a universidade é feita para gerar mais oportunidades. A Nilton Lins é uma universidade de portas abertas.
É necessário respostas rápidas desde a formação do acadêmico ao comportamento dele. O nosso papel não é só entregar um certificado no final na graduação. Tenho que entregar para a sociedade um ser humano melhor com valores e comportamentos íntegros. Além de gerar oportunidades para este novo profissional isso é um desafio. O ensino é responsável por formar um ser humano melhor e mais esclarecido. Com isso, ele dá um salto na sociedade. A educação é como colocar uma asa a mais no cidadão para ele voar e se transformar em uma pessoa positiva para a sociedade. A universidade está incluída nessa transformação. É fundamental recebe um acadêmico e depois entregar para a sociedade um profissional qualificado e ele continuar estudando. É virar essa chave e despertar que o conhecimento é que vai fazer este profissional ser uma pessoa melhor na sociedade.
Atualmente a Universidade Nilton Lins, além de oferecer curso de graduação à instituição oferece também curso de pós-graduação. Como surgiu essa necessidade?
A universidade Nilton Lins é uma das três universidades do estado. Para ser universidade é preciso fazer ensino, pesquisa e extensão. É necessário cumprir essas três ações e uma série de requisitos como quantidade de doutores, fazer uma pesquisa institucionalizada, ou seja, uma pesquisa que é produzida dentro da instituição e seguir uma série de parâmetros de exigências pelo Ministério da Educação (MEC).
Na universidade Nilton Lins amadurecemos de uma forma muito natural. Fomos crescendo e naturalmente quando percebemos já éramos universidade. Quando percebemos já estamos na trilha. A Nilton Lins nasceu com uma vocação para ser universidade, ser grande para trabalhar em todas as áreas e essa cobertura total que é totalmente diferente.
Possuímos cursos de mestrado e doutorado em Stricto Sensu criados pela universidade. O curso de mestrado em Aquicultura, por exemplo, é o primeiro curso da região Norte.
Incluímos hoje uma vertente muito grande com as questões sustentáveis voltadas para a nossa região. Muitos dos nossos mestrados e doutorados ganham editais voltados para essa área. Estamos agora construímos um laboratório de peixes que foi exatamente ganho por um pesquisador. Tudo isso vem somando. Vai enriquecendo a instituição enquanto resultado e isso resvala na graduação, na extensão e vai gerando qualidade e motivação. A universidade tem essa missão de fazer o ser humano dar um clique no conhecimento e passar por todas as áreas.
Na cidade de Manaus estão surgindo novos cursos de Medicina em instituições privadas. A universidade Nilton Lins foi à pioneira na cidade e continua sendo referencia há mais de 20 anos. Quais são as perspectivas para os próximos anos?
Esse crescimento é igual no Brasil inteiro. Focamos na nossa receita de trabalho que é a qualidade. O tempo nos trouxe experiências e fórmulas mais sólidas de se construir. Você aprende mais com os erros. Isso é natural.
O nosso curso de Medicina já formou 32 turmas. É um curso maduro. É um curso que já passou por vários reconhecimentos. Já temos médicos doutores e espalhados pelo Brasil inteiro.
Então, já temos um trabalho muito sólido e permaneceremos dessa forma. Primeiro atendendo tudo que diz as regras de ensino. Somos muito observadores e fiéis as regras que ditam o Ministério da Educação (MEC). Independente do governo que esteja o MEC tem uma regra. Então seguimos as regras, sempre atentos também em ter uma matriz curricular inovadora. Temos esse cuidado. Além da receita de ser muito próximo dos nossos alunos.
Não olhamos para a educação como um mercado. Nós enxergamos a educação como educação. Como missão! A universidade foi fundada com esses princípios. Não consideramos como mercado. Mas, sim como uma missão. Seguimos firmes no nosso propósito de qualidade. Recebemos alunos de vários estados. Acreditamos que é importante mais médicos, ter mais saúde e ter mais qualidade. O mais importante é a qualidade. É a nossa missão. É importante as pessoas terem opções. O Brasil inteiro passa por isso por essa transformação no ensino. Vamos sempre permanecer dentro da nossa receita. Por isso, estamos há tanto tempo oferecendo o curso de Medicina com qualidade no Amazonas.
Canal de comunicação para atividades profissionais
A reitora descreveu orgulhosa sobre o perfil do Instagram (@gisellereitora.amazonia) criado por ela para mostrar suas atividade profissionais. “Estou agora com um novo canal. Uma nova alternativa para poder falar mais das minhas atividades profissionais e todos os detalhes das funções que eu exerço na universidade e no consulado. Posso dialogar mais e mostrar as curiosidades do meu dia a dia, como acontecem as coisas, as pessoas, os lugares, os momentos, as formaturas e os protocolos. As atividades do dia a dia de uma mulher que tem vários papeis na sociedade. Estou focando nas atividades profissionais com o meu olhar, com a minha interpretação de como eu conduzo os meus compromissos”.